sábado, 30 de maio de 2009

Estrelas



Não basta comemorar, é preciso comemorar com bolo que além de gostoso, deve exprimir um pouquinho da personalidade do aniversariante.

Este bolo foi um dos meus primeiros trabalhos. Feito em janeiro de 2007, foi um presente de aniversário para uma amiga muito especial chamada Susana. As estrelas representam o seu ar celebridade. Não uma celebridade da telona ou da telinha, mas uma celebridade da vida real que independente de qualquer situação, está sempre com o sorriso estampado no rosto e pronta para enfrentar qualquer desafio. O dourado simboliza toda a riqueza e prosperidade que desejo a ela.

Smile












Comemorar o aniversário com os amigos e ainda distribuir sorrisos. Esses mini-bolos foram feitos para o aniversário do meu amigo Paulinho, em dezembro 2006.

Comunhão

Também um dos primeiros trabalhos com pasta americana, esse foi para a Primeira Comunhão da Mariah.

Explode coração




Bolo criado em dezembro de 2006, este foi o meu primeiro bolo decorado em pasta americana. Ninguém melhor para ser a minha primeira cobaia do que minha grande amiga Fabiana Madruga. Como foi o meu primeiro trabalho com decoração de bolo, não foi possível fazer um fusca cor de rosa com bancos de oncinha que ela tanto ama, mas fiz esse coração explosivo com seis corações saindo de dentro dele quais representam os votos de felicidades, paz, amor, saúde, prosperidade e que nossa amizade se eternizasse pelos tempos.

A ORIGEM DO BOLO



A origem dos bolos se confunde com a dos pães. No começo, havia uma certa confusão e massas adocicadas assadas eram indistintamente chamadas de pães ou bolos. Os egípcios já confeccionavam bolos de mel, bem como os gregos da Ilha de Rodes. Existe um painel datado por volta de 1175 aC, ilustrando a confeitaria da corte do faraó Ramsés III, com o registro de vários tipos de pães e bolos. E alguns historiadores acreditam que em 700 aC, pães e biscoitos adocicados eram vendidos pelo Egito. Os romanos conheciam a técnica da fermentação, e por este motivo, desenvolveram várias receitas de bolos, inclusive com a adição de frutas secas e até mesmo queijo, o que seria uma versão rudimentar do Cheesecake.

Embora os bolos sempre tenham estado associados a festas e comemorações, com o tempo, tornaram-se um alimento mais comum, presente quase que diariamente à mesa. Por outro lado, os bolos de casamento ilustram perfeitamente a evolução da técnica e arte da confeitaria. A tradição de servir bolos em casamentos remonta à Roma antiga. Era costume, nas famílias mais abastadas, preparar uma massa com ingredientes especiais, tradicionalmente usados como oferenda aos deuses, como frutas secas, nozes e mel. Este doce não era para ser consumido, mas os convidados o amassavam por cima da cabeça da noiva, tal como se faz hoje com arroz na saída da igreja.

Desejava-se que os deuses trouxessem prosperidade, sorte e fertilidade. Julio César levou este costume para a Bretanha, em 54 aC, e passou a fazer parte dos hábitos das populações locais. Na Inglaterra, os bolos decorados apareceram pela primeira vez na corte de Elizabeth I. Basicamente se usava pasta de amêndoas (marzipã) moldada em vários formatos. Os ingredientes ficavam cada vez mais sofisticados e exóticos, já que o Império britânico fornecia produtos de todo o mundo. Era comum fazer pequenos bolinhos doces, cobertos de marzipã e decorados. Alguns eram amassado e jogados na noiva, outros consumidos pelos convidados. Os que sobravam eram arrumados em uma pilha, e os noivos deveria se beijar sobre o monte de bolinhos, com o objetivo de serem abençoados com muitos filhos. Não demorou muito para que esta pilha de bolinhos fosse substituída por um grande bolo.

Dentre as primeiras receitas que se tem registro, a que mais se aproxima dos bolos de hoje é uma receita italiana, de bolo de amêndoas, servida em Nápoles, em 1478. Acredita-se também que tenha sido a Itália a precursora na arte de bolos decorados. Quando Catarina de Médici se casou com o rei na França, Henrique II, levou como dote seus confeiteiros, e seu bolo de casamento foi o primeiro a ser confeccionado em andares. A técnica foi difundida pela França e em 1660, quando o rei Charles II retornou de seu exílio, para reclamar o trono inglês, levou consigo um séqüito de habilidosos confeiteiros franceses.A partir deste momento, quando os bolos ricamente decorados passaram a ser um hábito e também um símbolo de status e poder econômico, começou uma verdadeira corrida para saber qual corte produzia o bolo mais espetacular. O escultor Giovanni Lorenzo Bernini teria usado açúcar para algumas obras especialmente encomendadas.

Há um curioso registro sobre a festa de casamento do Duque Guilermo da Baviera e a senhorita Renata de Lorena, em Munique: O bolo tinha três metros de altura, e durante a festa, o Arqueduque Ferdinando da Áustria teria saído de dentro do bolo, para homenagear os noivos com uma canção (citado em WEIGL, Christoph. "História das Artes Manuais", Reisensburg, 1698). Durante o reinado da rainha Vitória, na Inglaterra, também se faziam bolos enormes, chegando a pesar mais de 100 quilos. Nesta época os bolos faziam parte da vida de nobres basicamente porque os ingredientes eram escassos, e muito caros. Além disso, ainda não tinham a qualidade de hoje, e uma simples receita de bolo exigia o trabalho de vários empregados: O açúcar tinha a forma de um grande torrão, que devia ser cortado, sovado e peneirado. A manteiga, em geral rançosa, devia ser lavada com água de rosas. As frutas secas, picadas, sem falar nos ovos, usados em quantidades enormes e batidos à mão. O fermento, levedura de cerveja, devia ser cultivado, e reativado, tudo de forma natural. Pronta a massa, restava o trabalho de controlar fornos à lenha, muito diferentes dos atuais.

Por todo este período, as receitas se desenvolveram de forma esparsa, dentro das cortes, conventos e cozinhas reais. A primeira receita de pasta americana (ou "sugar paste") que se tem noticia está em uma obra chamada "Delights for Ladies", de 1609. Leva açúcar, amido e goma tragacanth .Em 1769, Mrs. Raffald publicou um livro, "The Experienced English Housekeeper", contendo uma receita de bolo, outra de marzipã, e de glacê real. No século XIX, a grande estrela da confeitaria no mundo foi Antoine Carême. Cozinheiro preferido de todos os reis da Europa, ornamentava seus banquetes com monumentais peças de açúcar. Utilizando-se de uma espécie de pastilhagem, e inspirado na Arquitetura, construía sobremesas e bolos estruturados. Registrou suas obras, com desenhos de próprio punho, nas obras "Le Pâtissier royal parisien". Paris, 1815, e "Le Pâtissier pittoresque", Paris, 1842. Por toda a Europa surgiam receitas exclusivas de bolos, famosas até hoje, como a Torta Vienense e o Bolo Sacher.

Em 1894, Ernest Schulbe mostrou seus trabalhos na Exposição de Londres. Seu livro "Advanced Piping and Modelling" deixou o registro de receitas e também dos utensílios usados à época. Muitas peças eram feitas de osso, existiam pinças marcadoras tal como as de hoje, e também eram feitas flores de açúcar. Basicamente, usava-se uma mistura de marzipã e massa elástica ("gum paste"). Na Inglaterra cada vez mais desenvolveu-se a técnica de usar o Glacê real para revestir o bolo. Dizem que vem daí o costume de os noivos cortarem juntos a primeira fatia de bolo: O noivo precisava "ajudar" a noiva a rachar a cobertura rígida de açúcar.

No começo do século vinte, os bolos decorados, agora mais acessíveis, começaram a fazer parte dos hábitos da sociedade como um todo. Surgiu a tradição, na Inglaterra e Estados Unidos, dos bolos de casamento de três andares, representando as três alianças: noivado, casamento e a eternidade. Hoje a técnica está difundida praticamente no mundo todo, adaptando-se aos gostos e a cultura de cada país, surgindo inúmeras e maravilhosas possibilidades.

Origem: Bonita Bolos

terça-feira, 26 de maio de 2009

PÃO-DE-LÓ



O pão-de-ló (também chamado de bolo esponjoso) é um bolo (por vezes, pode ser considerado um doce) à base de ovos, açúcar e farinha. Em Portugal, existem variedades regionais de pão-de-ló que se tornaram símbolos dessas regiões, como o de Alfeizerão, o de Ovar e o de Margaride.

Ainda em Portugal, existe uma receita de bolo chamado "pão-de-ló à brasileira", que é bastante diferente dos tradicionais, principalmente por levar muito menos ovos.

Na Itália, o mesmo bolo chama-se Pan di Spagna, pão de Espanha.

O bolo mais parecido com o pão-de-ló da culinária de Inglaterra e outros paises de idioma inglês, inclusive da culinária dos Estados Unidos da América, é o sponge cake.

Os primeiros portugueses que chegaram ao Japão no seculo XVI levaram consigo o pão de ló, também chamado pão de Castela. Uma receita do mesmo, refinada ao longo dos séculos, tornou-se numa das sobremesas mais típicas do Japão: Kasutera.
Fonte: Wikipedia

BEM-CASADO



É o doce mais conhecido hoje em dia principalmente nas festas de casamento, com mais de 100 anos de existência este doce é peça fundamental na maioria das festas e comemorações.

Dizem que o bem-casado é servido no final das festas de casamento para trazer sorte e prosperidade aos noivos recém casados. Simbolizando assim a união e o compromisso mútuo entre os pares.

O bem-casado que conhecemos hoje em dia é uma variação das já famosas receitas de casadinhos portugueses. A diferença básica entre casadinho português e o bem-casado brasileiro é que a textura do casadinho português é mais densa.

DOCE LENDA

O bem-casado representa as duas partes que se unem e são seladas pela cumplicidade e respeito mútuos. Para se ter muita sorte nesta união deverá ser distribuído um bem-casado a cada convidado. Diz a lenda, que todo aquele que saborear um bem-casado estará sendo abençoado com a mesma SORTE e FELICIDADE.

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.
OBS: O doce da foto foi feito por mim e montado com o diferencial da massa abiscoitada em substituição a massa de pão-de-ló e recheado com doce de leite.

LEITE CONDENSADO


Ingrediente clássico na culinária, principalmente aqui no Brasil, o leite condensado possui mais de uma versão sobre a sua descoberta.

Encontrei em algumas fontes de pesquisa que o Leite Condensado surgiu com as experiências do francês Nicolas Appert (1820), na esterilização e conservação de alimentos em embalagens herméticas, e mais tarde com o empreendedor norte-americano Gail Borden, que tentando desidratar o leite de vaca comum, descobriu que, antes de transformar-se em leite em pó, o produto se tranformava em leite condensado.

A invenção de Borden, patenteada em 1856, só foi valorizada quando estourou a Guerra Civil Americana, quatro anos depois. Transportando leite em pó e leite condensado para as tropas - e depois colocando esses produtos no mercado - Gail Borden ficou rico.

Outra versão, porém, é encontrada e diz que a história do leite condensado começou em 1867 quando o americano George H. Page, proprietário da empresa Anglo Swiss Condensed Milk iniciou na cidade de Cham na Suíça, a fabricação de leite condensado, utilizando o leite abundante e de boa qualidade produzido no país.

Propaganda do Leite Condensado que estimulava dar “leite condensado” para os bebês.

Na Europa as mulheres reforçavam a alimentação de seus filhos dando-lhes o energético e açucarado, o leite condensado.

Embalagens de Leite Condensado pelo Mundo:

Primeira embalagem de leite condensado da Nestlé

Em Espanhol

Japonês? Chinês? Sinceramente, não sei!

Uma marca asiática

Marca vietnamita. "A marca da longevidade".

Seja ele utilizado para reforçar a alimentação das crianças, na elaboração de receitas ou mesmo consumido puro, o leite condensado não pode faltar.

Para aqueles que estão preocupados com o quilinhos a mais na balança, vai ai uma versão light e caseira dessa delícia que conquistou o mundo.

INGREDIENTES

120g de leite em pó desnatado
15g de adoçante Tal e Qual
80g de água fervente

MODO DE PREPARO

1. Misturar o leite em pó com o adoçante e levar ao liquidificador com a água fervente.
2. Bater por 10 minutos.
3. Levar para o resfriador e deixar descansar até pegar consistência de leite condensado.

OBS: O ideal é fazer com antecedência para que adquira consistência de leite condensado. Caso queira utilizar no mesmo dia, pode-se acrecentar uma quantidade menor de água.

Fontes:

http://mundodasmarcas.blogspot.com/2006/06/milkmaid-o-leite-da-moa.html

http://pt.wikipedia.org/wiki/Leite_condensado

segunda-feira, 25 de maio de 2009

O AÇÚCAR

A palavra açúcar tem sua origem primitiva no termo sânscrito sharkara que significa “grão”, “areia grossa”. Chegou à língua portuguesa provavelmente pelo árabe al zukkar. O açúcar é considerado um tempero.

O açúcar é produzido, comercialmente, a partir da cana-de-açúcar ou da beterraba e apresenta-se ao consumidor sob diversas formas.

Tipos de açúcar

Açúcar refinado - O mais comum dos açúcares. São grãos brancos cujo processo de refino se dá pela dissolução do açúcar cristal e remoção do material insolúvel e dos corantes naturais, por métodos físicos e químicos. Nessa ação, o açúcar refinado perde vitaminas e sais minerais.

Açúcar cristal - Não passa por algumas fases do refino (quando lhe são retirados 90% dos minerais) e tem a aparência de pequenos cristais. Por conter sais que absorvem água, umedece com facilidade, tornando-se viscoso, sendo, portanto, de difícil conservação.

Açúcar de confeiteiro - Possui textura muito fina. É obtido através de uma moagem maior, com o acréscimo de amido, que evita a agregação dos cristais. É indicado para glacês, confeitar bolos, enfeitar tortas, doces e pães.

Açúcar light - É uma mistura de açúcar refinado (sacarose) com edulcorantes (sucralose, ciclamato, sacarina).

Açúcar mascavo - Açúcar não-refinado, de sabor muito parecido com o da rapadura e de cor amarelo-escura. É bastante úmido, feito com grande quantidade de melaço. Extraído da cana de açúcar, não passa por processo de refinamento e possui vitaminas como A, D, E, C e as do complexo B.

Açúcar orgânico - Produto de granulação uniforme e sem aditivo químico, diferentemente dos refinados que, em seus processos de industrialização são adicionados produtos. Além disso, a embalagem do produto é biodegradável. Tem valores nutricionais similares ao mascavo.

Açúcar demerara - É um tipo de açúcar cristal, porém de coloração mais escura pelo fato de não sofrer processo de branqueamento. Adoça menos que o refinado, mas é mais doce que o mascavo. Apresenta valores nutricionais similares ao mascavo.

Frutose - Extraída das frutas, do mel e muitas vezes do milho. A frutose fornece a mesma quantidade de calorias que o açúcar refinado.

Adoçantes dietéticos não-calóricos - Possuem zero calorias. Têm poder adoçante muito maior do que o açúcar refinado (entre 30 e 200 vezes). Exemplos: sacarina, acessulfame-k, ciclamato de sódio, sucralose e estévia.

Muito se fala sobre os males causados pelo consumo do açúcar refinado, uma vez que trata-se de um alimento altamente calórico e sem valor nutricional, entretanto não devemos considerá-lo como o único “vilão” contra a boa saúde, haja vista que inúmeros danos à saúde são causados por uma dieta alimentar desequilibrada.

Dicas para seguir dietas equilibradasAlgumas dicas para seguir deitas equilibradas:

* Focalizar em frutas. Coma uma variedade de frutas. Dê preferência às frutas ao invés de sucos. Para uma dieta de 2.000 calorias vocês precisará de em torno de 2 xícaras de frutas por dia (por exemplo 1 banana, 1 laranja grande e mais 1/4 de xícara de pêssegos).

* Variar nos vegetais. Coma mais feijões e ervilhas; vegetais verde-escuros como brócolis e couve; vegetais laranja como cenoura, batata-doce e abóbora.

* Ingerir alimentos ricos em cálcio. Obtenha diariamente 3 xícaras de laticínios com pouca gordura ou livres de gordura.

* Ter metade dos grãos integrais. Coma pelo menos 85 gramas de cereais integrais diariamente.

* Procurar a proteína magra. Escolha carnes magras cozidas, assadas ou grelhadas. Adicione variedade às proteínas - com mais peixe, feijões, ervilhas, nozes.

CURIOSIDADE:

O açúcar refinado contém substâncias que estimulam o cérebro a produzir serotonina, neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar e prazer.

Fonte:
Wikipédia, a enciclopédia livre.
http://www.diariopopular.com.br/19_05_07/centralvivabem1.html
http://www.copacabanarunners.net/dietas-equlibradas.html

quinta-feira, 21 de maio de 2009

HISTÓRIA DA CONFEITARIA NO BRASIL

Para começar, nada melhor do que um pouco de história.
A história da confeitaria e especificamente dos bolos, no Brasil, se desenvolveu tendo como pano de fundo a miscigenação tão característica de nosso país. A princípio, os doces conventuais portugueses se difundiram, mas logo foram sendo enriquecidos por ingredientes nativos, como frutas em geral e mandioca. O constante contato com Portugal fazia com que chegasse ao Brasil todas as novidades e modas na corte portuguesa, vindo daí as primeiras influências da confeitaria francesa.

O ciclo da cana-de-açúcar teve também papel fundamental, pois havia abundância de matéria prima para a produção de doces. Nos Engenhos e fazendas, fazia parte do lazer das Sinhás o preparo de doces, bolos e compotas, além de ser uma habilidade fundamental para as jovens. Surgiram receitas desenvolvidas pelas ricas famílias do nordeste, conservadas à sete chaves: Bolo Souza Leão, Bolo Fonseca Ramos, Bolo Luís Felipe, e outras feitas em homenagem à personalidades em geral.

As ordens religiosas portuguesas tiveram grande influência. Trouxeram o hábito de produzir doces nos conventos, que se justificava por variados motivos. Em Portugal, foram os conventos os responsáveis pelo desenvolvimento das melhores técnicas de cozinha, pois há séculos serviam de hospedagem para Reis e Rainhas quando viajavam. Por outro lado, quando o Marques de Pombal impôs sérias restrições financeiras às Ordens religiosas, estas começaram a produzir doces para vender e garantir sua sobrevivência.

No Brasil, incorporou-se a mandioca às receitas, muitas vezes em substituição à farinha de trigo, ingrediente escasso. A massa de mandioca tornou-se o ingrediente principal de bolos absolutamente espetaculares. O uso do leite de coco, costume trazido pelos escravos de Moçambique, também marcou nossa confeitaria.

Segundo o livro "História da Confeitaria no Mundo", o bolo das Bodas de Prata da princesa Isabel, com Conde d`Eu, em outubro de 1889, foi um bolo de massa de mandioca:

"Massa de mandioca mole ou carimã, leite de coco, gema e clara de ovos, açúcar branco, sal e manteiga. Mistura-se bem e peneira-se amassa, levando-a a assar em forma untada de manteiga. Uns quarenta minutos, em forno esperto. Está no ponto quando, metendo-se um palito, este sai enxuto. Tira-se com cuidado da forma porque o bolo pode partir-se. A ciência é conseguir a crosta bem assada e o conteúdo ligado mas tenro por igual”.

Os primeiros doces genuinamente brasileiros foram o pé-de-moleque, a paçoca a rapadura, a mãe benta (espécie de broa), a cocada, os Quindins de Iaiá, além dos bolos de mandioca. O primeiro bolo de farinha a se adaptar no Brasil foi o Pão-de-ló, de origem portuguesa. Rapidamente, tornou-se bastante popular, e até hoje, é um dos preferidos para bolos recheados. Antigamente, e sobretudo em Portugal, era hábito consumir o pão-de-ló em fatias, torradas, acompanhando o chá, café ou vinho do Porto.

Os imigrantes europeus tiveram enorme influência nos hábitos brasileiros, inclusive na confeitaria. Ingredientes, técnicas e receitas foram introduzidas a partir do início de século XX. Os bolos decorados fazem parte das festas e casamentos brasileiros já há muito tempo. Há registros que em 18 de dezembro de 1904, o Barão da Aliança ofereceu um banquete, em sua fazenda, no Vale do Paraíba, ao futuro presidente do Brasil, Nilo Peçanha. Ao final do jantar, foi servido um bolo decorado com fondant e glacê real, recheado com ganache, batizado de Gâteau Supreme (Bolo Supremo).