segunda-feira, 1 de junho de 2009

Chocolate

O chocolate vem sido usado como bebida desde o começo de sua história. O registro mais antigo do uso de chocolate data de muitos séculos atrás. Em Novembro de 2007, arqueologistas encontraram vestígios da mais antiga plantação de cacau numa região de Puerto Escondido, em Honduras, que data de 1100 a 1400 a.C. Os resíduos de chocolate numa peça de cerâmica maia de Río Azul, na Guatemala, sugerem que os maias já bebiam chocolate por volta do ano 400 d.C. No Novo Mundo, o chocolate era consumido numa bebida amarga chamada xocoatl, e era geralmente temperada com baunilha e pimenta. O xocoatl, acreditava-se, combatia o cansaço.

O chocolate também era um bem luxuoso e importante na América Central pré-colombiana, e os grãos de cacau eram usados como moeda. Todas as áreas conquistadas pelos astecas eram obrigadas a plantar cacau e pagar um imposto em grãos.

Até o século XVI, os europeus nunca tinham ouvido falar da popular bebida dos povos das Américas do Sul e Central. Não foi até a conquista dos astecas pelos espanhóis que o chocolate passou a ser importado pela Europa, onde rapidamente se tornou um favorito da corte.

A primeira chocolataria de Londres foi inaugurada em 1657. Em 1689, o famoso médico e colecionador Hans Sloane desenvolveu uma bebida de leite com chocolate na Jamaica que foi inicialmente usada por boticários, mas mais tarde vendida para os irmãos Cadbury.

Por centenas de anos, o processo de fabricação do chocolate permaneceu o mesmo. Quando a Revolução Industrial chegou, muitas mudanças ocorreram e trouxeram o alimento para a forma em que o conhecemos hoje. No século XVIII, máquinas de espremer manteiga de cacau foram criadas. Isso ajudava a fazer um chocolate mais consistente e durável. A partir daí, o consumo do chocolate foi popularizado e espalhado pelo mundo todo.

Tipos de chocolate

O chocolate é um alimento popular que tem conhecido diversas formas de apresentação. Pode ser bebido (chocolate em pó ou achocolatado) com leite, ou em tabletes. Neste caso é apresentado em muitas versões: ao leite (em Portugal diz-se chocolate de leite), branco, amargo, com amendoim, amêndoa ou avelã, com ou sem recheio, etc., variando em função do acréscimo em partes diferentes de seus componentes individuais e assim, varia também seu valor calórico, que em qualquer dos casos é elevado.

O chocolate amargo é feito com os grãos de cacau torrados sem adição de leite, e algumas versões permitem a sua utilização como base para sobremesas, bolos e bolachas. Deve-se usar um mínimo de 35% de cacau, segundo as normas européias.
O chocolate ao leite ou chocolate de leite leva na sua confecção leite ou leite em pó. As normas européias estabelecem um mínimo de 25% de cacau.

A couverture é o chocolate rico em manteiga de cacau, utilizados pelos profissionais chocolateiros, como a Valrhona, Lindt & Sprüngli, Theo Chocolate e outros, com mais de 70% de cacau, e gordura de cerca de 40%.

O chocolate branco é feito com manteiga de cacau, leite, açúcar e lecitina, podendo ser acrescentados aromas como o de baunilha. Inventado na Suíça após a I Guerra Mundial, só foi divulgado nos anos 80 do século XX pela Nestlé.

Apesar de o chocolate ser geralmente consumido por prazer, há alguns efeitos positivos para a saúde na ingestão do alimento. O cacau ou o chocolate amargo, por exemplo, são benéficos para o sistema circulatório. Outros efeitos incluem as propriedades anticancerígenas, estimulantes cerebrais e a capacidade de curar diarréias, entre outros. As propriedades afrodisíacas do chocolates ainda não foram comprovadas.

Por outro lado, ingerir grandes quantidades de alimentos altamente energéticos, tais como o chocolate, aumenta o risco de obesidade. Há uma preocupação a respeito de casos de envenenamento leve por chumbo através do consumo de alguns tipos de chocolate.

Um estudo da BBC indicou que um chocolate derretendo na boca de uma pessoa causa um aumento na atividade cerebral e nos batimentos cardíacos que é mais intenso do que o associado a beijos apaixonados, e que duravam quatro vezes mais tempo após o término na atividade.

Efeitos no sistema circulatório

Estudos recentes sugerem que o cacau e o chocolate amargo podem surtir certos efeitos benéficos na saúde humana. O cacau possui uma considerável ação antioxidante. Outros estudos também observaram que ocorre uma pequena diminuição na pressão sangüínea após o consumo diário de chocolate amargo.

Afrodisíaco

As famosas qualidades afrodisíacas do chocolate estão geralmente associadas ao simples prazer sensual de seu consumo. Além do mais, a natureza doce e gordurosa do chocolate estimula o hipotálamo, induzindo sensações prazeirosas e elevando o nível de serotonina. Apesar de a serotonina ter efeitos prazeirosos, em excesso pode ser convertida em melatonina, que, por sua vez, reduz a libido. Finalmente, o chocolate tem substâncias que podem ativar receptores canabinóides, o que causa sensações de sensibilidade e euforia.

Acne

Há uma crença popular de que o consumo de chocolate pode causar acne. Vários estudos mostram que esse é o caso de alimentos com alto índice glicêmico em geral, apesar de essa questão ainda estar sendo estudada. Sabe-se que o leite estimula o aparecimento de espinhas.

Valor nutritivo

O chocolate é um alimento muito nutritivo. Contém proteínas, gorduras, cálcio, magnésio, ferro, zinco, caroteno, vitaminas E, B1, B2, B3, B6, B12 e C. Estudos recentes sugerem a possibilidade de o consumo moderado de chocolate preto e amargo trazer benefícios para a saúde humana, nomeadamente devido à presença de ácido gálico e epicatecina, flavonóides com função cardioprotectora. Sabe-se que o cacau tem propriedades antioxidantes. O chocolate constitui ainda um estimulante devido à teobromina, embora de fraca capacidade. O chocolate também possui cafeína e sua ingestão faz com que o corpo libere neurotransmissores como a endorfina.

Chumbo

O chocolate tem uma das maiores concentrações de chumbo dentre os produtos que fazem parte da dieta de um típico indivíduo ocidental, o que pode levar a um leve envenenamento por chumbo. Estudos recentes mostram que os grãos de cacau absorvem pouco chumbo, mas a contaminação ainda pode ocorrer no processo de fabricação.

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